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Temporada de venda do Brasil: leva quem pagar menos!

Há muita comida sendo produzida no Brasil, ainda assim sentimos fome. Temos investidos altas quantias no desenvolvimento da biotecnologia voltada para a produção agrícola, a ponto de se tornar uma ação cobiçada pelos investidores internacionais e assim perdemos o retorno dos investimentos para as corporações internacionais.¹


Temos abundância em petróleo sob o solo e águas brasileiras, mas estamos com a gasolina nas alturas. Claro, o atual governo tem vendido a exploração a empresas que pouco se importam com o abastecimento do mercado nacional.²


Nossa atual equipe econômica tem leiloado os serviços públicos com tamanha confiança na capacidade do mercado em atender nossas necessidades que chega a ser espantoso ver sua ingenuidade (será, mesmo?), declarada nas entrevistas recentes. Dentro do Ministério das Minas e Energia, há a certeza de que as empresas vencedoras cumprirão cada linha dos contratos e que teremos os melhores serviços possíveis. Ou pelo menos, é isto que nos afirmam publicamente! Dentre as informações dadas pelo mesmo ministério, na ocasião do leilão das concessões, a única que pode nos ser, de fato, interessante é a que alerta para o caráter integrador das áreas em licitação, uma vez que os lotes se tratam de polos que podem trabalhar na interligação regional e, portanto, estruturam melhor toda nossa rede elétrica. Se for realmente isto, podemos acreditar que, em algum momento da história, teremos uma rede mais sólida e que atenda com qualidade a todos. Resta saber em quanto tempo e a que preço...³


Na contramão do otimismo da mesma equipe econômica, nossos índices de desenvolvimento social tem apresentado dados preocupantes: entre 2014 e 2016, nossa população pobre aumentou para mais de 65mi ou em torno de 30% do total4. E pouco se vê, pela parte dos governos, em reverter esse quadro (ou a PEC do fim do mundo e várias outras teriam sido evitadas)...


Ainda, com relação à segurança alimentar, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou às possibilidades de o Brasil retornar ao Mapa da Fome, a partir dos dados que mostraram mais de 7mi de pessoas sem qualquer assistência social. Entretanto, a defesa apresentada pelos atuais órgãos governamentais alega que a aferição da parcela da população contemplada por programas como o Bolsa Família está “subestimada”.


É imprescindível que os governos se preocupem com as condições de renda das populações mais vulneráveis, ainda mais em tempos de recessão, como lembra o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva “Os gastos sociais do governo são muito importantes: as pessoas são muitas vezes pobres porque não têm acesso aos bens comuns, como saúde, educação – e não podem pagar por eles”.


As atitudes do nosso governo nada tem a ver com as necessidades do povo, aqueles que nos comandam de forma ilegítima preferem confiar na lealdade dos investidores internacionais (desconsiderando que estes visam principalmente o lucro, ora, capitalistas) que nas recomendações das agências internacionais de direitos humanos... bastante lamentável!



Leiam mais, em: 1 “Koppert fecha compra da Bug” http://www.valor.com.br/agro/5230141/koppert-fecha-compra-da-bug 2 “Norueguesa Statoil adquire 25% do campo de Roncador da Petrobras” http://www.valor.com.br/empresas/5230341/norueguesa-statoil-adquire-25-do-campo-de-roncador-da-petrobras 3 “Sem estatais, setor privado vence leilão de transmissão” http://www.valor.com.br/empresas/5230185/sem-estatais-setor-privado-vence-leilao-de-transmissao 4 “Biênio de recessão levou 9 milhões à pobreza” http://www.valor.com.br/brasil/5230253/bienio-de-recessao-levou-9-milhoes-pobreza

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